domingo, outubro 22, 2006

Em setembro escrevi: E quando alguém finge se importar, a gente finge que acredita. Fica por isso mesmo. Em um relacionamento isso se chama amor.

Em outubro, Nelson Sargento, 82, baluarte da Mangueira, revela à Folha que fez os versos: "Nosso amor é tão bonito/ Ela finge que me ama/ E eu finjo que acredito"

Como diz o Millôr, "não persigo a originalidade - ela existe ou não existe. Sou fascinado pela impossibilidade de ser original e tenho até uma especial experiência de 'originalidade' (falta de)", sobre uma de suas peças cujo nome não era tão original quanto pensava.

Talvez eu tenha um pouco da inspiração sambista. Mas acho mesmo que carrego também o "saco de ilusões" que muitos carregam. Ilusão é invencionice de poeta. Ou é a vida inventada das pessoas. O fato é que ninguém é original nem quando quer. Os sentimentos são os mesmos, só mudam os versos.

Queria acreditar que o amor é como o samba de Nelson, que agoniza mas não morre, alguém sempre o socorre antes do suspiro derradeiro.

1 Comments:

Blogger Sussy Côrtes said...

Verdade André! Cada dia que passa me convenço de que é imposível ser original...
mas ainda assim tentamos versar com rimas diferentes, até descobrimos que ela já são o estilo de alguém!

Tava até querendo te falar... vi um blog igualzinho ao seu.. só que com k. penhasKo. hehehehheh

5:16 AM  

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